Atualmente, a prática de exercício físico e desporto fazem parte do quotidiano de muitas pessoas, seja como forma de lazer ou atividade profissional. Isso porque já é bem estabelecido que o exercício físico traz inúmeros benefícios, como melhora os sistemas cardiovascular, imunitário, redução da adiposidade, aumento da resistência física, da massa muscular, da força e da densidade óssea entre diversos outros. Todas estas vantagens implicam numa melhoria na qualidade de vida e autoestima e por isso vemos cada vez mais mulheres adeptas do estilo de vida ativo e presentes em aulas de Crossfit, corridas, ginásios e em deportos como vôlei, natação e futebol. O que é ótimo!
Contudo, infelizmente, a prática de exercício físico pode desencadear alguns sintomas desagradáveis para a mulher como a incontinência urinária, por exemplo. E não é tão raro quanto pensa! A prevalência de IU durante a prática de AF é significativa.
Em 2018 foi realizada uma análise sobre a prevalência de IU em mulheres activas e viram que há uma prevalência média de 36% de IU em atletas do sexo feminino em diferentes desportos e, em comparação com mulheres sedentárias, as atletas tiveram um risco 177% maior de apresentar IU do que mulheres sedentárias nas mesmas condições. Ou seja, 4 em 10 mulheres irão perder urina durante a prática de exercício físico.
Estes dados são importantes, uma vez que a perda involuntária de urina, embora não cause morbidade ou mortalidade, pode levar à inatividade e ao sedentarismo, principalmente pelo constrangimento higiênico e social, diminuindo a adesão à AF, ao desempenho atlético, aumentando a ansiedade e o sofrimento relacionado à possível perda urinária. Para as atletas profissionais, pode comprometer a concentração, o desempenho, a execução dos gestos desportivos, restringir a hidratação e até mesmo induzir o abandono da modalidade desportiva, fazendo com que a mulher deixe de usufruir de todos os benefícios que a prática regular de AF pode trazer.
Um dos nossos papéis como fisioterapeutas e agentes de saúde é evitar que mulheres abandonem a prática de AF devido à IU e para que possamos atuar neste sentido, é necessário estudar e discutir o tema.
Sendo assim, a procura pela melhor compreensão da relação entre IU e AF, e determinar qual o papel do fisioterapeuta nesta condição é extremamente importante para aqueles profissionais que lidam com mulheres de uma maneira geral e mais ainda para aqueles que atuam com o público feminino em específico.
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Objetivos gerais:
1. Conhecer a história e atualização sobre a participação feminina no desporto
2. Desenvolver o raciocínio clínico em casos de IUA
Objetivos específicos:
1. Analisar e discutir casos clínicos do diagnóstico até ao acompanhamento
2. Conhecer as ferramentas de diagnóstico de IUA
3. Conhecer as abordagens mais indicada nos casos de IUA seguindo guidelines internacionais
4. Compreender relação entre saúde intestinal, ginecológica e IUA
5. Compreender a relação entre fáscia e IUA
1. História e atualidades sobre a participação feminina no desporto
2. Termos e definições dentro do desporto
4. Neurofisiologia da micção e anatomia pélvica
5. Teorias da fisiopatologia da IU
6. Teorias da fisiopatologia da IUA
7. Relação entre saúde intestinal, ginecológica, fascial e IUA
8. Sistema urinário das mulheres Paratletas
9. O papel da fisioterapia no manejo da IUA (prevenção, diagnóstico, tratamento, acompanhamento)
10. Discussão de casos clínicos
Sem informação
Certificado de frequência de formação profissional, de acordo com o decreto 35/2002, de 23 de abril.
Modo de pagamento
Totalidade
100%
na inscrição
Notas
Inclui documentação de apoio + Certificado de formação profissional
Sem informação
1) A quantidade de mulheres que praticam atividade física regular vem aumentando substancialmente a cada ano, nas últimas olimpíadas, por exemplo, a percentagem da participação feminina foi pela primeira vez 50%, portanto é necessário saber lidar com as possíveis queixas que essa população pode apresentar, sendo a incontinência urinária (IU) uma delas.
2) Apesar de ser um assunto falado há já um tempo pela comunidade científica, não deixa de ser muito atual pelo fato de estar sendo estudado em muitos países (estudos saem quase todos os meses) já que muitas mulheres agora sabem que podem e devem buscar ajuda caso tenham IU.
3) Pouco se fala sobre o assunto na licenciatura e quando se fala é muito superficial, fazendo com que o fisioterapeuta tenha de aprofundar o estudo neste tema caso queira oferecer um bom cuidado às mulheres que têm perda urinária durante a prática de atividade física.