A
quiropraxia ocupa-se do
diagnóstico, tratamento e prevenção de condições neuro-músculo-esqueléticas, em
especial algias vertebrais e sintomas associados [1, 2], sendo actualmente aplicada por mais de 95 mil profissionais a nível mundial. O tratamento consiste na aplicação de métodos não invasivos, destacando-se as
técnicas de terapia manual, em especial a terapia de
manipulação articular [3, 4].
Nas últimas décadas, estudos evidenciam a
eficácia clínica do tratamento com quiropraxia para o tratamento de diversas afecções músculo-esqueléticas. A satisfação de pacientes e a redução de custos também estão associadas ao tratamento com quiropraxia [5-7].
A
quiropraxia é actualmente regulamentada como uma profissão independente em diversos países e está
integrada nos sistemas públicos de saúde da Dinamarca, Suíça, Canadá e EUA, entre outros [8]. Nos EUA, calcula-se que metade dos ortopedistas encaminham pacientes para tratamento quiroprático [9].
O
ajuste quiroprático é um procedimento preciso e específico, direccionado às articulações que apresentam alterações biomecânicas específicas, com o propósito de restaurar a mobilidade, reduzir a dor e restabelecer a função articular normal.
Outros procedimentos manuais como orientação de exercícios, correcção postural e técnicas de relaxamento muscular também são utilizados no tratamento dos pacientes [10-12].
A
manipulação provoca efeitos fisiológicos locais e sistémicos. Entre estes, pode citar-se [13-17]:
- Diminuição de sintomas dolorosos
- Aumento da amplitude de movimento
- Aumento do limiar de dor à pressão
- Diminuição da tensão muscular e da actividade eléctrica da musculatura
- Aumento do fluxo sanguíneo periférico
- Diminuição da pressão sanguínea
- Aumento dos níveis plasmáticos de beta-endorfina
- Aumento da actividade metabólica dos neutrófilos
Por conseguinte, a
lombalgia é a condição clínica melhor estudada, seguindo-se as cervicalgias e as cefaleias.
Uma extensa revisão realizada pelo American College of Physicians e American Pain Society indica que
há evidências que a manipulação articular é benéfica para o tratamento de lombalgia aguda, subaguda ou crónica [18].
Revisões sistemáticas também indicam que as
técnicas quiropráticas são benéficas para o tratamento da cervicalgia persistente, associada ou não a cefaleias [19,20]. Há ainda evidências de que pode ser
eficaz para o tratamento de enxaquecas, cefaleias do tipo tensional e cefaleias cervicogénicas [21-23].
Vários estudos indicam que pacientes relatam estar satisfeitos com o tratamento com Quiropraxia [24,25]. Uma revisão da literatura sugere que o índice de satisfação com o tratamento quiroprático atinge mais de 80% dos pacientes atendidos [26]. A satisfação de pacientes com o tratamento quiroprático pode também conferir benefícios clínicos de curto-prazo e influir na percepção da melhoria proporcionada pelo tratamento [27].
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Alessandro Viterbo a Portugal, para uma
formação intensiva de 40 horas, altamente prática, que abordará diversas linhas dentro da terapia, o diagnóstico palpatório dinâmico, o raciocínio clínico, os testes ortopédicos, a avaliação específica e os tipos de abordagem, no sentido de capacitar o participante para a prática de
técnicas quiropráticas, gerais e específicas, de forma segura e com resultados.
Através desta formação o profissional estará apto a utilizar este
excelente arsenal terapêutico na reabilitação em ortopedia-traumatologia, desportiva, reumatológica, fisioterapia preventiva e promoção da saúde, configurando-se como um importante segmento de actuação do profissional para o presente e futuro.
Este curso é fundamental e preparatório para o nível avançado de quiropraxia que é o
Método de Gonstead.
Referências bibliográficas: