Quantos pais não conhece que viveram desesperados porque o bebé estava sempre com cólicas ou porque chorava ininterruptamente sem causa aparente ou até porque apresentava um estrabismo?
Sabia que em países como a França, os bebés são consultados por um osteopata da mesma forma que são avaliados pelo pediatra, independentemente de apresentarem sintomas?
O parto é seguramente um dos momentos mais stressantes na vida de uma criança. O recém-nascido é submetido a muitas tensões durante esta fase: o útero empurra-o contra as paredes do canal vaginal, processo que obriga o bebé a reposicionar-se, rodar sobre o seu próprio eixo, enquanto é comprimido entre os ossos pélvicos para que depois ocorra a fase de expulsão. O crânio do recém-nascido tem assim de se adaptar às contrações uterinas, apresentando muitas vezes diferentes formas que podem estar na origem de escolioses, má oclusão dentária, astigmatismo, irritabilidade, etc.
É muito comum ouvirmos, seja por leigos ou por profissionais da saúde, que cólicas, refluxos, obstipação ou distúrbios do sono nos recém-nascidos são "normais"! Porém, de acordo com a osteopatia, a origem destes sintomas está associada, na generalidade dos casos, a uma alteração da base do crânio que altera o normal funcionamento do nervo vago. Ele é o grande responsável pela inervação parassimpática de muitos órgãos e vísceras presentes na caixa torácica e abdominal e que, quando afetado, pode produzir sintomas em qualquer um deles.
Estas alterações nos recém-nascidos, na maioria dos casos, surgem pelo mau posicionamento do bebé nas semanas que antecedem o parto. Quando não existe um "encaixe" perfeito da cabeça em relação à pélvis da mãe surgem tensões e modificações da forma do crânio que podem produzir congestão do foramen jugular e, com isso, compressão do nervo vago. Outras disfunções podem surgir, como as vertebrais, que induzem um desequilíbrio ortossimpático e ainda a alteração do diafragma que produz alterações na pressão intra-abdominal.
Clinicamente, é notório que os bebés que são abordados de acordo com a visão osteopática evoluem de modo mais rápido comparativamente aos que não são abordados por esta via. Os formandos deste curso ficarão com competência para intervir de modo eficaz e funcional não só sobre as cólicas e refluxos, mas também em casos de plagiocefalia, vómitos, dificuldades escolares (dislexia, disortografia), distúrbios do sono, hérnias inguinais, obstipação, displasia da anca, eczema, enurese, choro/irritabilidade, atraso no desenvolvimento motor, estrabismo, torcicolo, alergias, asma, etc. Será dada ainda ênfase à mãe, no que respeita ao período da gravidez, parto e pós-parto através de técnicas que vão além da intervenção na zona perineal. A esfera musculoesquelética, visceral e crânio-sacra será também abordada.
Daremos respostas, tão claras quanto possível, de forma a que os conhecimentos sejam completos e concretos e possibilitem a gestão e assistência do ponto de vista obstétrico e osteopático para a mulher grávida e sobretudo para o recém-nascido.
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Objectivos gerais:
1. Avaliar e tratar de modo eficaz as principais disfunções que se observam diariamente em pacientes pediátricos;
2. Desenvolver um caminho de formação destinado aos pacientes pediátricos através aquisição de técnicas de tratamento que potenciarão a intervenção conjunta com o médico pediatra.
Objectivos específicos:
1. Aprender a formular um diagnóstico das patologias pediátricas mais frequentes, baseado no raciocínio clínico e numa avaliação criteriosa;
2. Saber como realizar tratamentos específicos em disfunções como o refluxo na infância, gaguez, distúrbios de linguagem e deglutição, plagiocefalias, alterações do recém-nascido, entre muitas outras;
3. Ser capaz de elaborar uma estratégia de tratamento personalizada;
4. Aplicar as técnicas osteopáticas mais utilizadas em idade pediátrica (0-18 anos de idade).
Guidelines pelo European Osteophatic Project de Itália
1. Introdução
- Visão osteopática e princípios de tratamento gerais;
- Relatório do osteopata com a criança e a família.
2. O Feto
- Desenvolvimento, avaliação embriológica e relação aos somatótipos no adulto.
3. Parto/Nascimento:
- Avaliação da mulher durante a gravidez + tratamento osteopático e preparação para o parto;
- O parto fisiológico (visão osteopática), mecânica obstétrica (fisiologia e complicações), pós-parto/puerpério (fisiologia e complicações);
- Exame da mãe (sinais);
- Exame do recém-nascido (reflexos, alterações decorrentes do parto, aleitamento).
4. Fisiopatologia Pediátrica
- As plagiocefalias (classificações e tipologias, anatomia, fisiopatologia, visão osteopática e princípios de tratamento);
- Lesões intraósseas (conexões anátomo-fisiopatológicas na idade evolutiva e no adulto, princípios de tratamento);
- Patologias ortopédicas e posturais (visão osteopática e princípios de tratamento);
- Aparelho digestivo (anomalias genéticas e funcionais, refluxo gastroesofágico, disfunções intestinais, visão osteopática e princípios de tratamento, sinais de aproximação à nutrição pediátrica);
- Sinais das patologias respiratórias e cardíacas (visão osteopática e princípios de tratamento).
- Perturbações comportamentais e relacionais (visão osteopática e princípios de tratamento)
5. Clínica
- Tratamento de um paciente (sujeito a confirmação)
6. Conclusões e pensamento osteopático
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Sem informação
Certificado Internacional pela Associazione Italiana per la Divulgazione delle Cultura Osteopatica (AIDCO).
Certificado de frequência de formação profissional, de acordo com o decreto 35/2002, de 23 de abril.
Modo de pagamento
Totalidade
100%
na inscrição
Notas
Inclui material de apoio + certificado de participação.
Marco Mastrillo
Fisioterapeuta, diplomado em Osteopatia (DO) pelo European Osteopathic Project e reputado professor da Escola META Osteopatia (Itália). Desde muito cedo se apaixonou pela pediatria, neonatologia e obstetrícia, tendo privado com um dos nomes mais sonantes do mundo da osteopatia, Dra. Viola Frymann. Da sua jornada académica destaca-se ainda o estágio que realizou na European School of Osteopathy de Maidstone (U.K.).
1. Aprender a intervir com uma visão osteopática junto de um leque variado de patologias que acometem o bebé e a mãe. São muito escassos em Portugal, os profissionais com competências para tal.
2. Aumentando os seus recursos numa área tão pouco explorada em Portugal, aumentará o seu reconhecimento profissional.
3. Aprender directamente com Marco Mastrillo, fisioterapeuta e osteopata que privou com Viola Frymann, mãe da osteopatia pediátrica.