Saúde

Reabilitação Vestibular no Tratamento de Sintomas Causados por Distúrbios Vestibulares

A Reabilitação Vestibular pode ajudar os utentes na recuperação, promovendo a compensação.

Evidências demonstram que a reabilitação vestibular (RV) pode ser eficaz na melhoria dos sintomas relacionados com diversos distúrbios vestibulares. [1,2]


Utentes acometidos com patologias vestibulares frequentemente apresentam sintomatologia de vertigem, tontura, distúrbios visuais e/ou desequilíbrio, sendo estas as principais consequências clínicas que a reabilitação visa resolver.


Outras afeções secundárias aos distúrbios vestibulares poderão surgir, tais como náuseas e/ou émese, redução da capacidade de concentração e fadiga.


Todas as anteriores condições podem diminuir a qualidade de vida e afetar todas as esferas da vida quotidiana, para além de contribuírem para transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, e levarem à adoção de um estilo de vida sedentário, a fim de evitar episódios ou o agravamento de tonturas e desequilíbrios. Como resultado, a diminuição da força e da flexibilidade muscular, o aumento da rigidez articular e a redução da resistência poderão ocorrer.


A RV é uma abordagem fisioterapêutica especializada, destinada a aliviar os sinais primários e secundários causados por distúrbios vestibulares.


Para muitos utentes, a compensação ocorre naturalmente ao longo do tempo, mas para aqueles cujos sintomas não diminuem e que continuam a manifestar dificuldade em retornar às atividades diárias, a RV pode ajudar na recuperação, promovendo a compensação. [3]


A finalidade da RV é usar uma abordagem orientada ao problema para promover a compensação, conseguida através da personalização de exercícios para tratar a(s) patologia(s) específica(s) de cada utente. Por conseguinte, antes do planeamento do programa de exercícios, é necessário um exame clínico abrangente para identificar condições associadas com o distúrbio vestibular. [4]


A RV facilita os mecanismos de recuperação vestibular:

  • Adaptação vestibular;
  • Substituição por outros movimentos oculares do sistema;
  • Substituição por visão;
  • Pistas somatossensoriais;
  • Outras estratégias posturais;
  • Habituação.


Pelo que se espera, portanto, que proporcione:

  • Melhoria da estabilidade do olhar
  • Melhoria da estabilidade postural
  • Melhoria da vertigem
  • Melhoria das atividades da vida diária


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Fonte:

McDonnell MN, Hillier SL. Vestibular rehabilitation for unilateral peripheral vestibular dysfunction. Cochrane Database of Systematic Reviews 2015, Issue 1. Art. No.: CD005397. DOI: 10.1002/14651858.CD005397.pub4

Herdman SJ. Vestibular rehabilitation. Curr Opin Neurol; 2013:26:96-101.

Shepard NT, Telian SA. Programmatic vestibular rehabilitation. Otolaryngol Head Neck Surg; 1995: 112(1):173-182.

Han, Byung In et al. Vestibular Rehabilitation Therapy: Review of Indications, Mechanisms, and Key Exercises. J Clin Neurol. 2011 Dec; 7(4): 184–196. Published online 2011 Dec 29. doi: 10.3988/jcn.2011.7.4.184. PMCID: PMC3259492.

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