A teoria clínica afirma que a postura escapular aberrante e as alterações associadas na atividade do músculo axioescapular podem contribuir para ou exacerbar os distúrbios cervicais dolorosos ao afetar adversamente o stress mecânico em estruturas cervicais sensíveis à dor. Por exemplo, foi sugerido que uma escápula deprimida pode levar à síndrome do desfiladeiro torácico com stress no tecido muscular (por exemplo, alongamento excessivo do trapézio superior) e compressão do feixe neurovascular do membro superior.
Consequentemente, estratégias de correção postural escapular têm sido defendidas como um componente da intervenção para pacientes com dor na cervical que apresentam uma alteração na orientação escapular. A posição escapular correta em repouso e durante o movimento depende da coordenação adequada entre os músculos axioescapulares, como o serrátil anterior e todas as divisões do músculo trapézio.
O exercício de correção postural escapular tem-se mostrado eficaz ao alterar o padrão de atividade das fibras médias e inferiores do músculo trapézio em pacientes com dor cervical para melhor refletir aquele apresentado por indivíduos saudáveis.
No entanto, a maioria dos estudos que avaliam a orientação escapular e o controlo escapular com o movimento foi realizada em pacientes com dor e disfunção no ombro. Pouco se sabe sobre as consequências da orientação escapular alterada na dor cervical ou o efeito do exercício da musculatura axioescapular nos sintomas da dor cervical. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos imediatos de um exercício ativo de correção escapular sobre a dor e os limiares de dor à pressão (LDP) sobre o segmento mais sintomático cervical em pacientes com dor cervical crónica e disfunção escapular. A intervenção ativa foi comparada com uma correção escapular passiva para avaliar a importância do componente ativo da correção escapular nos sintomas cervicais.
👉 Leia o artigo completo aqui.
