Cerca de 80% dos pacientes que recebem tratamento conservador melhoram sinais e sintomas da DTM [1]
Sabia que a ATM está constantemente em movimento, realizando aproximadamente 2.000 movimentos/dia, sendo a articulação mais usada do corpo e com maior probabilidade de sofrer disfunções? [2]
As disfunções temporomandibulares (DTM) são um conjunto de condições dolorosas ou de disfunções musculo-esqueléticas que afetam a ATM e/ou os músculos da mastigação, bem como os demais componentes do sistema estomatognático.
A causa para a disfunção da ATM e dor oro-facial raramente é única, apresentando normalmente etiologia multifatorial.
Segundo dados epidemiológicos, os sinais e sintomas da DTM são encontrados em cerca de 20 a 75% da população geral. Esta desordem prevalece entre adultos jovens (20 a 40 anos), sendo mais frequente em mulheres, numa proporção de 3 a 7 vezes mais em relação aos homens. Até aos 40 anos a causa é de origem traumática e após os 40 a origem é de causas degenerativas [3].
A intensidade destas condições pode variar desde percetível, mas clinicamente insignificante, até dores severamente debilitantes. Apesar de um em cada quatro pacientes estar ciente dos sintomas, somente 2 a 4% procuram tratamento. [4] [5].
Os sinais e sintomas que comummente caracterizam a DTM são: [2]
- Ruídos articulares durante a realização de movimentos funcionais da mandíbula
- Distúrbios nos movimentos articulares em ambas as direções
- Dor pré-auricular localizada sobre a região da ATM
- Dor nos músculos mastigatórios
- Cefaleia
A terapia manual tem como objetivo evitar a cirurgia, melhorar o posicionamento do côndilo mandibular relativamente ao osso temporal, minimizar a dor muscular, melhorar a amplitude de movimento, reeducar o paciente em relação ao posicionamento correto da mandíbula, reduzir a inflamação, reduzir a carga na ATM e fortalecer o sistema músculo-esquelético [6].
Entre os benefícios gerais da terapia manual destacam-se:
- Melhoria da distribuição do líquido sinovial
- Melhoria da nutrição da fibrocartilagem da superfície articular da ATM
- Correção de falhas posicionais dos côndilos
- Melhoria das debilidades musculares dos grupos envolvidos na dinâmica da ATM
- Relaxamento muscular
- Controlo do quadro álgico
- Ganho do arco de movimento