Saúde

Fisioterapia eficaz nas disfunções sexuais femininas e masculinas

Disfunções sexuais atingem 25% dos homens e mais de 2 milhões de mulheres em Portugal

Fisioterapeutas especialistas em pelviperineologia deve ser considerados membros fundamentais da equipa interdisciplinar no tratamento de disfunções sexuais.

pavimento pélvico tem, de uma vez por todas, que deixar de ser uma região negligenciada. Problemas de ereção, vaginismo, a dispareunia e anorgasmia, entre outros, podem ser resolvidos com técnicas de fisioterapia.

fisioterapia tem muito a contribuir a este respeito, uma vez que a maior parte dos problemas ou disfunções sexuais podem ser tratados e resolvidos através da sua intervenção clínica.

O termo disfunção sexual refere-se às alterações na actividade sexual em qualquer das suas fases (desejo, excitação e orgasmo). Nos homens, manifesta-se principalmente em problemas de ereção e ejaculação (precoce ou tardia). Nas mulheres, as disfunções mais comuns são a dispareunia (dor no momento do acto), anorgasmia (dificuldade ou incapacidade para atingir o orgasmo) e vaginismo(contracção involuntária dos músculos da vagina que impede ou evita a penetração).

De acordo com dados apresentados pela Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução (SPA), as disfunções sexuais atingem 25% dos homens portugueses. No que respeita à disfunção sexual feminina a sua prevalência e? elevada, atingindo mais de 2 milhões de mulheres portuguesas, com mais de 18 anos. [1, 2] Destas, mais de 700 mil sofrem de disfunção sexual moderada e grave, requerendo intervenção terapêutica. Não obstante, só 11% a 30% procura ajuda profissional. [2]

diminuição do desejo sexual é a disfunção que mais afecta as mulheres portuguesas (1.523.000 mulheres), seguida da dor ou desconforto durante a relação sexual, registada em cerca de 1.332.000 mulheres portuguesas.

No âmbito da disfunção sexual feminina, os fisioterapeutas especializados em pelviperineologia usam várias técnicas para facilitar o relaxamento muscular, melhorar a circulação sanguínea e a mobilidade na região pelviperineal, ajustar os desequilíbrios posturais, bem como para aumentar abertura vaginal e dessensibilizar a área.

Na disfunção eréctil masculina, a incapacidade para atingir e manter uma erecção que permita uma relação sexual satisfatória, pode ser tratada, com bons resultados, usando ondas de baixa intensidade.

Em qualquer caso, o tratamento das disfunções sexuais deve contemplar uma abordagem multidisciplinar, na medida em que confluem distintos factores: biológicos, psicológicos ou funcionais e todos eles podem ser corrigidos com técnicas de fisioterapia

 

Referências bibiográficas:

1. Cerejo, A. (2006). Disfunção Sexual feminina: prevalência e fatores relacionados. Revista Portuguesa de Cli?nica Geral.

2. Vendeira, Pedro S. et al. (2011). Episex-PT: Epidemiologia das disfunções sexuais femininas em Portugal. Isex Cadernos de Sexologia.

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