Saúde

A DPOC e os hábitos tabágicos em Portugal

Hábitos tabágicos são responsáveis por 90% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)

No ano de 2016, morreu uma pessoa a cada 50 minutos em Portugal por doenças atribuíveis ao tabaco, revela Relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, apresentado em Novembro de 2017.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Os números não enganam: actualmente, existem mil milhões de fumadores em todo o mundo e uma em cada 10 mortes de adultos está relacionada com hábitos tabágicos. Tal corresponde a seis milhões de mortes por ano ou a uma morte por cada seis segundos causada pelo fumo do tabaco. Destes seis milhões de pessoas, 600 mil são fumadores passivos.


Em Portugal, o aumento da esperança média de vida e os efeitos do tabagismo a nível respiratório provocaram, nos últimos anos, um aumento das doenças respiratórias crónicas. E, mais uma vez, os números não mentem: os hábitos tabágicos são responsáveis por 90% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).


Embora pouco conhecida, a DPOC é uma doença extremamente letal, uma vez que faz com que os doentes apresentem menores níveis de oxigénio no sangue, causando a falência de vários órgãos vitais. 


De acordo com o último relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, cerca de 800 mil portugueses sofrem de DPOC, ou seja, 14% população com mais de 40 anos. E ninguém está imune: ex-fumadores e pessoas expostas regularmente ao fumo do tabaco são potenciais doentes.


Em Portugal, as doenças do sistema respiratório continuam a ser a terceira causa de morte e há cada vez mais casos: em 2015 morreram 22.767 pessoas, o que representa um aumento de 4.392 óbitos em relação a 2006.


Dados de 2016, mostram que o tabaco foi responsável por 46,4% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, 19,5% das mortes por cancro, 12% das mortes por infecções respiratórias do trato inferior, por 5,7% das mortes por doenças cerebrocardiovasculares e 2,4% das mortes por diabetes.

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Fonte:

Lusa

Vital Healt

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