Saúde

Taxa de sobrevivência ao cancro: Portugal no Top 10 Europeu

Sobrevivência ao cancro aumenta no mundo e Portugal está na linha da frente

Portugal posiciona-se bem no último estudo internacional sobre o resultado dos tratamentos oncológicos. O estudo CONCORD-3, divulgado na revista Lancet, traçou rankings e Portugal surge no top 10 europeu nos três dos tumores mais frequentes: mama, próstata e estômago.


No caso do cancro da mama, que afecta anualmente 5000 mulheres no nosso país, a sobrevivência a cinco anos é a quinta melhor a nível europeu, tendo passado de 81,6% nos diagnósticos entre o ano 2000 e 2004 para 87,6%. No cancro do estômago, o país ocupa também a quinta posição a nível europeu, embora apenas cerca de 32,2% dos doentes consiga sobreviver. No cancro da próstata, o mais prevalente nos homens, a sobrevivência é, hoje, de 90,9% ao fim de cinco anos – Portugal está no oitavo lugar.


A taxa de sobrevivência no cancro do cólon situa-se perto dos 60% e a da leucemia é cerca de 90%, números em linha com o que se passa nos Estados Unidos e em outros países europeus. Quanto ao cancro do pulmão, registou-se uma taxa de sobrevivência média entre 10% e 20%, um intervalo em que Portugal também está. No estudo CONCORD-3 destaca-se também que o cancro do fígado tem uma taxa de sobrevivência entre os 5% e os 30%, com Portugal entre 10% e 19%.


As tabelas publicadas na revista Lancet revelam que, quando não está no top 10, Portugal surge a meio da tabela mas nunca na cauda.


Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são os países com maiores taxas de sobrevivência, segundo o estudo no qual foram analisados os registos de 37,5 milhões de pacientes diagnosticados com cancro entre 2000 e 2014, em 71 países.


Embora a taxa de sobrevivência ao cancro esteja a aumentar no mundo, assinala-se que o nível de vida nos países marca as hipóteses de sobreviver, sobretudo para as crianças.


Os investigadores estimam que o “custo global do tratamento do cancro em 2017 deve ser substancialmente superior a 300 mil milhões de dólares”, um custo crescente que “ameaça a viabilidade de sistemas de saúde e economias nacionais”.


“O cancro mata mais de 100 mil crianças todos os anos, principalmente em países de rendimentos baixos ou médios, onde o acesso aos serviços de saúde é muitas vezes deficiente e o abandono dos tratamentos é um grande problema”, referem os investigadores.


esforço para aumentar as taxas de sobrevivência vai continuar, até porque se estima que o número de novos casos aumente 50% na próxima década – para mais de 21 milhões de casos diagnosticados todos os anos, 100 mil dos quais em Portugal.

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Fonte:

Lusa

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