Saúde

O Impacto dos défices nutricionais na fadiga central e periférica

A adequação nutricional é extremamente importante e vital para evitar a redução progressiva da eficiência muscular em produzir força e potência por períodos prolongados.

A proposta de gerir, otimizar ou minimizar o surgimento da fadiga é um pressuposto do treino desportivo, da atividade laboral, na produtividade, e até em aspetos sensoriais como olfato, visão, audição, paladar e o tato.


Dessa forma, definir o conceito de fadiga e suas diversas formas de manifestação para o nosso dia a dia é uma tarefa bastante intuitiva. Contudo é também muito mal gerida na definição. São diversos os fatores causadores da fadiga, seja a exigência laboral, o stress produzido pelo cumprimento de um prazo, a quantidade de estímulos sensoriais como o excesso ou falta de luz, odores muito fortes, ruídos ou sons muito altos e/ou contínuos e ainda os tipos de stress psicológicos e sociais. Estas situações ou “quadro de estímulos” criam uma resposta orgânica imediata, contudo, a quantidade, a intensidade, a forma e a suscetibilidade de cada indivíduo é sempre diferente.


Remetendo ao início das pesquisas acerca dessa gestão e suscetibilidade aos estímulos, encontramos os estudos de Selye sobre o Stress e a Síndrome Geral de Adaptação, muito debatida e estudada, que diz:

“…stress é um estado manifesto por uma síndrome específica, constituída por todas as alterações não específicas produzidas num sistema biológico…” “… é uma definição operacional … Assim, o termo só tem significação quando aplicado a um sistema biológico precisamente definido…” in Selye, H. (1959) The Stress of Life citado por (1)

Enfim, resumidamente, todos os quadros de stress produzem uma resposta fisiológica concomitante e própria.


A nossa abordagem trata de observar a máquina que é o corpo humano como uma máquina química que precisa reunir condições mínimas para poder gerir ou lidar (para usar um termo mais à vontade) com as diversas situações quotidianas. Tudo é químico, inclusive os sentimentos. Tolerar, gostar, preocupar, amar é química. Química nutricional.


A nutrição é a base para que dentro desse contexto tudo possa funcionar em condições adequadas. Mas, como podemos potencializar e intensificar as melhores respostas? Quais são as melhores respostas? E como criar condições ideais para que essas respostas orgânicas/ fisiológicas nos leve a explorar e inibir o surgimento da FADIGA? A FADIGA que, assim como o STRESS, é um termo de engenharia e de outras ciências de materiais que os meios de comunicação utilizam amplamente e muitas vezes de forma incorreta.

Fadiga é um conceito que envolve muitas definições científicas, além daquelas de uso popular e de comunicação de massa. Fadiga em termos neuromusculares pode ser definida como “uma redução progressiva da eficiência muscular em produzir força e potência por períodos prolongados, ocorrendo de forma periférica e/ou central”.(2)


Na Masterclass sobre o Impacto dos Défices Nutricionais na Fadiga Central e Periférica, a abordagem focada na questão neuromuscular referir-se-á aos défices nutricionais e a forma como podemos solucionar os casos de fadiga, com uma abordagem baseada na interação quase que indissociável da nutrição e do exercício, ambos programados e individualizados.


A adequação nutricional é extremamente importante e vital para evitar a redução progressiva da eficiência muscular em produzir força e potência, por períodos prolongados, redução essa que pode ocorrer de forma central e/ou periférica.


Criar um ambiente de homeostase otimizado por uma intervenção nutricional maciça e os aspetos do treino desportivo como fator intensificador de outcomes positivos, nos sistemas nervoso, muscular, endócrino e com um foco mais particular no eixo HPA hipotalámico-hipofisário-adrenal será a base desse trabalho. Isso para que possibilite estender os conhecimentos para os diversos tipos de alterações metabólicas que levam a quadros semelhantes como a astenia, pânico, ira, ou ansiedade para exemplificar alguns.


Nutrição e exercício a parceria perfeita.



Referências Bibliográficas

1) A polêmica em torno do conceito de estresse

2) Gomes, Willy & Lopes, Charles & Marchetti, Paulo. (2016). Fadiga central e periférica: uma breve revisão sobre os efeitos locais e não locais no sistema neuromuscular. (The central and peripheric fatigue: a brief review of the local and non-local effects on neuromuscular system). 2016. CPAQV Journal. 8. 1-20.

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Fonte:

A polêmica em torno do conceito de estresse

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