Em pleno século XXI, uma equipa de cientistas dos Estados Unidos revela-nos que temos um órgão que nunca tinha sido considerado como tal. O corpo humano continua a surpreender-nos.
Chama-se interstício, é formado por um espaço com fluido e está nos tecidos conjuntivos por baixo da superfície da pele, reveste o tubo digestivo, os pulmões e o sistema urinário e rodeia as artérias, as veias ou a membrana entre os músculos – tudo numa única estrutura.
O novo órgão ajuda a que as células circulem pelo corpo, como se de uma rede de estradas se tratasse: tanto as nocivas, por exemplo as tumorais, como as do sistema imunitário. No interstício foram ainda encontradas novas células que fabricam colagénio e também têm propriedades das células que revestem os vasos sanguíneos.
Uma amostra de fluido intersticial pode ser uma boa ferramenta de diagnóstico. Além disso, entender como funciona o interstício pode dar mais luzes sobre como se espalha o cancro pelo corpo, sobre o edema e a fibrose. Também concede mais informação sobre como funcionam os nossos órgãos.