A confirmar-se, esta pode ser uma excelente notícia na medida em que permitirá diminuir os tempos de permanência em instalações psiquiátricas e a probabilidade de dependência de psicotrópicos, na medida em que existe um reconhecimento crescente dos problemas crónicos associados aos inibidores selectivos da recaptação da serotonina, medicação antidepressiva e outras intervenções farmacológicas.
Esta investigação contou com a participação de cerca de 100 pacientes da unidade de internamento de psiquiatria do Centro Médico da Universidade de Vermont, a quem foram introduzidos, no plano de tratamentos, exercícios estruturados de 60 minutos e programas de educação nutricional.
Os psicoterapeutas entrevistaram os pacientes sobre seu humor, autoestima e autoimagem antes e depois das sessões de exercício para avaliar os efeitos da atividade física nos sintomas psiquiátricos.
Os resultados indicaram: 95% dos pacientes relataram uma melhoria do humor após os exercícios, enquanto 63% afirmaram estar felizes ou muito felizes, em oposição aos neutros, tristes ou muito tristes.
Uma média de 91,8% dos pacientes também se mostraram satisfeitos com a maneira como sentiam os seus corpos depois de realizar os exercícios prescritos.
De acordo com a equipa de investigação, a prioridade nestes casos é fornecer estratégias mais naturais, que incluam terapias integrativas (em particular, o exercício físico), para o tratamento de transtornos de humor, depressão e ansiedade.
Também entre 1984 e 1997, um grupo de investigadores do Reino Unido, Austrália e Noruega analisou dados coletados pela Noruega ao longo de 13 anos, num programa denominado HUNT (Nord-Trondelag Health Study).
Das informações constam hábitos da população, condição de saúde e amostras de sangue. As informações podem ser usadas para todo o tipo de pesquisas relacionadas com a área da saúde, desde epidemiologia à genética.
Neste estudo foram analisados 33 908 adultos saudáveis, sem indícios de ansiedade ou depressão, e os seus hábitos de exercícios físicos. Passados 13 anos de observação, os dados revelaram que mesmo desconsiderando variáveis socioeconómicas, as pessoas que não se exercitaram tiveram 44% mais de probabilidade de desenvolver depressão comparativamente aos que se exercitaram pelo menos uma hora por semana.