A incontinência urinária é uma condição clínica que se tem tornado comum em pacientes cada vez mais jovens. O assunto ainda é um tabu e os pacientes acabam por seguir teorias populares e evitar a exposição pública por vergonha.
A incontinência urinária afecta 20% da população portuguesa com mais de 40 anos, o que significa que 1 em cada 5 portugueses acima dos 40 anos sofre da doença.
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Em baixo deixamos-te os 7 maiores mitos enraizados na nossa sociedade:
MITO 1: interromper o fluxo de urina é correcto para treinar os músculos do pavimento pélvico
Completamente desaconselhável, uma vez que pode alterar o esvaziamento normal da bexiga, promover infecções do trato urinário e, eventualmente, fazer com que a bexiga e os músculos do pavimento pélvico que fecham a uretra percam a conexão entre si.
MITO 2: incontinência urinária é resolvida com bolas chinesas e exercícios Kegel
O treino do pavimento pélvico vai muito além de Kegel e na verdade, em alguns casos, não são mesmo recomendados. Para melhorar a musculatura do pavimento pélvico, será necessário potenciar o envolvimento de outros músculos e estruturas (ex.: diafragma, transverso abdominal, músculos lombares) e recorrer a um trabalho postural, respiratório e proprioceptivo.
MITO 3: suportar o desejo de urinar é saudável para a bexiga e pavimento pélvico
Ao resistir ao impulso de urinar, a bexiga continuará a distender. Se este adiamento foi sistemático é colocada em risco a saúde deste órgão e do pavimento pélvico que terá uma tensão acrescida.
MITO 4: não há qualquer contra-indicação em urinar por conveniência
Urinar por conveniência é desaconselhado porque a bexiga é forçada a esvaziar, o que poderá originar uma habituação deste órgão a armazenar um volume cada vez menor de urina.
MITO 5: apenas as mulheres sofrem de incontinência urinária e especialmente as mais velhas
Não. Embora com uma maior prevalência em mulheres, a incontinência urinária também poderá acometer homens, bem como qualquer faixa etária.
MITO 6: se apenas algumas gotas escaparem ou em período ocasional, não é grave
Um absoluto não! Chama-se incontinência urinária a qualquer perda involuntária de urina. Pode haver vazamentos leves, moderados ou graves, mas em todos os casos trata-se de incontinência urinária.
MITO 7: Todas as mulheres terão incontinência urinária após gravidez
Nem todas as mulheres que passam pelo parto terão incontinência urinária. O risco será maior em casos de parto induzido, parto prolongado e peso do bebé acima de 4 quilos, pois os músculos da pélvis ficam mais flácidos, permitindo que a urina escape facilmente.
