Diabetes Mellitus (DM), uma das doenças crónicas mais frequentes [1], tem apresentado apreciável aumento da prevalência mundial [2], prevendo-se que até 2025 a população adulta com diabetes aumente em 122%.
O exercício físico através da capacidade que demonstra na modulação glicémica apresenta-se, actualmente, como um dos protagonistas quer na prevenção quer no tratamento da DM não insulino-dependente (tipo 2), demonstrando um efeito estatístico e clinicamente significativo com consequente decréscimo das complicações.
Os mecanismos protectores da actividade física incluem regulação do peso corporal, da pressão arterial, da dislipidemia, da inflamação e da função endotelial, além de redução da resistência à insulina, condições estas envolvidas em complicações microvasculares, macrovasculares e neurais [3].
O contributo da actividade física para a prevenção da diabetes tipo 2 tem sido ainda comummente evidenciado em inúmeros estudos [4] pelo aporte de múltiplos benefícios, dos quais se destacam:
- Melhoria da sensibilidade à insulina e do controlo glicémico
- Aumento do condicionamento cardiorrespiratório
- Redução do risco de mortalidade cardiovascular
Deste modo, um programa que promova mudanças no estilo de vida, incluindo treino com exercício físico, diminui acentuadamente o risco de diabetes [5] e de mortalidade para pessoas portadoras da doença [6].
Contudo, os pesquisadores concordam que a actividade física traz benefícios metabólicos e cardiovasculares, em função da intensidade, frequência e duração da actividade necessária, cabendo aos profissionais de saúde e exercício, orientar os portadores de DM tipo 2 para programas de treino físico com actividades devidamente ajustadas, minimizando os riscos e aumentando os benefícios da sua prática.
Em Junho, o especialista em Medicina Desportiva e docente catedrático da FADEUP, José Alberto Duarte, irá dar debater o tema da influência do exercício no tratamento da Diabetes Mellitus.
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