Saúde

Destaque da fisioterapia no tratamento conservador da IUE

70% das mulheres com incontinência urinária nunca falam do seu problema a um médico. O tabu e o silêncio continuam a prevalecer

incontinência urinária de esforço (IUE) é uma condição clínica de etiologia multifactorial que afecta ambos os sexos e diferentes faixas etárias, com maior incidência no sexo feminino.


Estima-se que cerca de 45% da população feminina apresenta algum tipo de incontinência urinária e calcula-se que 50% destas apresentem IUE. [1]


Esta condição clínica acarreta consequências avassaladoras aos seus portadores que veem as suas actividades físicas, desempenho sexual, convívio social e saúde emocional comprometidos. [2]


Actualmente, a fisioterapia tem-se destacado no tratamento conservador da IUE, um tratamento menos invasivo e de baixo custo, quando comparado à cirurgia, e sem efeitos colaterais, quando comparado ao tratamento medicamentoso.


perda de urina causada por esforço pode ser provocada por debilidade do esfíncter urinário. As alterações atróficas da vagina e uretra muito frequentes na mulher após menopausa, são outro factor importante. Também traumatismos como partos, cirurgias pélvicas ou acidentes com fractura da bacia, obesidade, obstipação crónica e tabagismo foram implicados como factores de risco.


Nos homens, a IUE pode surgir após prostatectomia quando se lesa a parte superior da uretra ou o colo da bexiga.


A IUE é, hoje, um problema de saúde pública e os resultados positivos alcançados pela fisioterapia no tratamento desta condição clínica constituem um relevante avanço terapêutico, que merece ser discutido e divulgado. 


Os fisioterapeutas têm, portanto, o dever de informar e divulgar a importância do seu trabalho neste âmbito. 


Aline Filipe, especialista em pelviperineologia, actualmente a residir em Sidney (Austrália), fará uma pausa nas suas férias em Portugal, para fazer uma revisão bibliográfica acerca da actuação do fisioterapeuta no tratamento conservador da incontinência urinária de esforço, destacando as principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas nesta patologia, na actualidade.


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Fonte:

GROSSE, D.; SENGLER, J. Reeducação Perineal: Concepção, realização e transcrição em prática liberal e hospitalar. São Paulo: Manole, 2002.

FREITAS, F.; MENKE, C. H.; RIVOIRE, W. Rotinas em ginecologia. 4. ed. Porto Alegre:Artmed, 2002.

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