Saúde

Explain pain: a revolucionar o modo de tratamento da dor

A dor crónica acomete aproximadamente 20% da população mundial e o cenário em Portugal não se afasta desta realidade

Além da sua elevada prevalência e impacto individual e social, a dor crónica tem mostrado estar fortemente associada a uma grande utilização de serviços de saúde, a uma importante redução da produtividade no trabalho e, consequentemente, a grandes custos directos e indirectos:


4,6 mil milhões de euros/ano [1]

custos da dor crónica: 2,7 % do PIB. Dois mil milhões directos (consultas, exames, medicamentos) e 2,6 mil milhões indirectos (absentismo, reformas, perda de emprego).


1.883 euros [1]

é o valor médio dos custos totais anuais por indivíduo com dor crónica.


37% adultos portugueses [1]

sofrem de dor crónica, percentagem que é significativamente maior nas mulheres (46%) do que nos homens (25%).


1,2 milhões de portugueses [1]

manifestam dor crónica de intensidade moderada ou severa: 14,3% da população.


14 dias anuais de absentismo

entre a população feminina.


Avanços recentes em áreas como a neurofisiologia, imagens cerebrais, imunologia, psicologia e biologia celular forneceram uma plataforma explicativa a partir da qual é possível explorar a dor. 


No entanto, apesar da evidência avassaladora do biopsicossocialismo - base da filosofia educacional do NOI group - o biomedicalismo (ie., as pesquisas de anatomia patológica de uma causa singular para problemas crónicos) persiste e a educação terapêutica, no domínio da saúde, continua a ser subestimada pelos profissionais do ramo, bem como pelos representantes estatais. 


É neste panorama que o reputado NOI group encontra o âmago da sua actuação e investigação: revolucionar o modo de tratamento da dor.


O livro Explain Pain vendeu cerca de 60.000 cópias em todo o mundo, em 6 idiomas, e continua a inspirar a pesquisa clínica e o tratamento multidisciplinar da dor. 


Existem actualmente 5 questões críticas de mudança conceptual que sustentam o trabalho do NOI group:

1. Lesão ou doença não pressupõe existência de sintomatologia de dor.

2. O sistema nervoso move-se e alonga-se à medida que nos movemos.

3. Dor, stress e performance são outputs do cérebro.

4. Conhecimento e movimento são os maiores libertadores de dor e stress.

5. A plasticidade do sistema nervoso dá uma nova esperança e técnica.


No curso Explain Pain, Tim Beames discutirá como as respostas da dor são produzidas pelo cérebro, como as respostas à lesão por parte do sistema nervoso autónomo e sistema imunitário contribuem para a dor e razão pela qual a dor pode persistir mesmo depois dos tecidos terem tido tempo para curar.

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Fonte:

1. Azevedo, L. et al (2012). Epidemiology of Chronic Pain: A Population-Based Nationwide Study on Its Prevalence, Characteristics and Associated Disability in Portugal. Journal of pain. Volume 13, Issue 8, Pages 773-783.

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