O verbo aprender tem um potencial gigante, a todos os níveis. Não obstante, existe um substantivo que é crucial na nossa relação com o meio em que vivemos. Sim, MOVIMENTO é o substantivo.
Se a todo instante estamos em movimento (até mesmo quando dormimos), aprender um gesto motor torna as áreas de associação cerebrais mais abastecidas.
A região frontal do nosso cérebro é a maior porção do encéfalo relacionada com o movimento e a principal via para formulação da motricidade. Essa informação brinda-nos com a possibilidade de fomento à prática de actividade física.
Contudo, o processo de aprendizagem não é assim tão linear, na medida em que, existem actividades que exigem maior destreza, maior reconhecimento dos apoios, melhor perceção temporal e vários outros factores que interferem no modelo de armazenamento.
O armazenamento requer repetição. Só a repetição pode confirmar o resultado, seja ele positivo ou negativo. O erro é outro aspeto importante a ter em consideração relativamente ao sistema de comparação de resultados.
Entendendo todo este processo, estabelecer quais os tipos de comandos fornecidos pelo profissional de movimento (no âmbito de treino ou restauração da função motora), serve de prova e contraprova da utilidade de prescrição e/ou proscrição das melhores actividades motoras, onde o fator carga absoluta é apenas coadjuvante da grande arte de planeamento do movimento a ser aprendido.
Assim, todo o profissional deve entender que as ações com estímulos sensório-motores potenciam o aumento da cognição e do desenvolvimento dos engramas (motores e não só) de associação.
A Motricidade Voluntária Funcional (MVF), é uma metodologia destinada a todos os profissionais do exercício físico e da reabilitação que queiram aprofundar o seu conhecimento relativamente a esse bem-maior: a Motricidade.
