Saúde

VERTIGENS: UM SINTOMA QUE NÃO DEVE IGNORAR

Em Portugal, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Neurologia, 20 a 30% da população sofre diariamente com esta disfunção. O facto é que a vertigem não é uma doença mas sim um sintoma cuja avaliação e tratamento são imprescindíveis para restabelecer a qualidade de vida do utente.

Papel do ouvido interno no equilíbrio

Os ouvidos são essenciais para a audição. Contudo, são cruciais também para a manutenção do equilíbrio. Graças à Reabilitação Vestibular é possível melhorar os sintomas de tontura e vertigem, e prevenir quadros de ansiedade, redução da capacidade funcional e possibilidade de queda. 

As causas das vertigens são muito diversas mas o motivo mais habitual está relacionado com uma alteração no ouvido interno.

As vertigens causadas por movimentos são tratadas com manobras que visam repor no lugar certo os otólitos, partículas que se encontram no interior do ouvido. É a designada vertigem posicional paroxística benigna, e em 80% dos casos tem tratamento. A vertigem inicia-se subitamente e dura menos de um minuto. A maioria dos episódios é desencadeada por uma mudança da posição da cabeça, e normalmente ocorre quando a pessoa se deita, se levanta ou se vira na cama e ainda quando inclina a cabeça para trás para olhar para cima.

Falta de informação provoca ataques de pânico e viagem às urgências

A vertigem afecta milhares de pessoas. Por falta de informação, este quadro clínico desencadeia nas pessoas ataques de pânico e crises de ansiedade por confundirem o seu estado com um AVC, indica a responsável pela Consulta da Vertigem do Hospital Amadora-Sintra.

Sentir a cabeça a andar à roda ou ter a impressão de que se está a cair são sensações de vertigem. Este sintoma, acompanhado de zumbidos e de dores de cabeça, reflecte um problema com o ouvido interno e é frequentemente acompanhado de náuseas e vómitos. De acordo com Margarida Vargas, responsável pela Consulta da Vertigem do Hospital Amadora-Sintra, "há muitas pessoas que desvalorizam os sintomas. Os idosos, por exemplo, dão quedas e sofrem fracturas porque não sabem explicar o que lhes aconteceu".


A reabilitação vestibular e Prof. Dr. André Luís dos Santos


A reabilitação vestibular como forma de tratamento das perturbações de equilíbrio, e em particular da labirintite e vertigens, envolve uma série de exercícios que têm como objectivo promover a recuperação do equilíbrio. O desenvolvimento de técnicas de avaliação funcional do equilíbrio nas suas várias vertentes – vestibular e postural – permitiu o conhecimento mais preciso do tipo de lesão, localização, causa, défice funcional e diagnóstico. A execução de alguns exames específicos designadamente a electronistagmografia e a posturografia computorizada é fundamental para a estruturação do tratamento a efectuar.


É uma honra receber em Portugal uma das maiores referências mundiais na área da Reabilitação Vestibular. Fisioterapeuta desde 1993, possui doutoramento em fisioterapia e os últimos 15 anos tem dedicado em exclusivo à investigação, docência e clínica na área da Reabilitação Vestibular. É membro da Vestibular Disorders Association – EUA e da Bárány Society (the International Society for Neuro-Otology). Apresenta formação nesta área pela American Association Physical Therapy (APTA) e pela Emory University (The Dizziness and Balance Center at Emory, Atlanta), é sócio-fundador da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional e director do Instituto Brasileiro de Fisioterapia Vestibular e Equilíbrio (IBRAFIVE). É também revisor dos periódicos Fisioterapia em Movimento (PUC-PR), Brazilian Journal of Physical Therapy (UFSCar), Clinics (USP), Journal of Electromyography and Kinesiology (International Society of Electrophysiology and Kinesiology) e Fisioterapia e Pesquisa (USP) e ainda autor do capítulo Reabilitação Vestibular do Programa de Atualização em Fisioterapia Neurofuncional – ABRAFIN/Artmed - Panamericana Editora. Uma sumidade mundial quando se fala de reabilitação vestibular que lecciona em Portugal através da MASTER.

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