A alimentação possui um papel central na recuperação de lesões. Diminuição e optimização do tempo de recuperação pela activação da cicatrização dos tecidos, diminuição da fadiga, limitação da dor originada pela inflamação crónica, diminuição do risco de lesão e uma correcta reposição dos stocks de energia, são algumas das benesses de uma alimentação adequada, que pode ainda ser potenciada com recurso à suplementação.
Frequentemente, a aplicação de técnicas de terapia manual bem executadas originam resultados pouco satisfatórios, com repetidas recidivas e quadros clínicos apelidados como crónicos. Habitualmente, os profissionais focam todo o seu esforço terapêutico sobre a zona sintomática - inflamada, contracturada, dorida - ao invés de investirem e direccionarem a sua atenção para a real causa da disfunção primária.
A maioria das vezes, as disfunções diagnosticadas são reflexo de um desequilíbrio nutricional, psico-emocional e comportamental, sendo o sistema músculo-esquelético uma zona primordial para o reflexo destes desequilíbrios. Em muitos destes casos, a causa não é mecânica, mas sim visceral. Não por patologia própria (estrutural) da víscera, mas sim por disfunções viscerais geradas por alimentação inadequada e pelo stress diário, entre outros factores que são facilmente corrigidos, desde que correctamente identificados.
Com a introdução de pequenos hábitos nutricionais, fornecimento de plantas medicinais e oligoelementos, é possível obter uma importante aliança com a terapia manual, que favorecerá o sucesso da intervenção terapêutica.
Por exemplo, queixas relacionadas com sensibilidade à dor e/ou a sensação de bem-estar podem ser facilmente compensadas com recurso à ingestão de nutrientes responsáveis pela síntese dos neurotransmissores como por exemplo a serotonina e o triptofano. O combate às dores musculares pode ser efectuado recorrendo à biotina, enquanto que o magnésio auxilia actuando como relaxante muscular.
Alimentação e exercício físico: qual a relação?
Uma alimentação regrada antes, durante e depois da prática de exercício físico é tão importante quanto a própria actividade física. Já o inverso, o descuido e uma alimentação desequilibrada pode originar descoordenação motora e fadiga precoce, factores predisponentes às lesões musculares (Horta, 1995).
De acordo com o 109º volume do Journal of the American Diet Association, uma alimentação desajustada e com carência de nutrientes, pode ainda proporcionar uma diminuição na performance e desempenho do atleta, diminuição e perda de massa muscular e períodos mais alargados de recuperação.
Embora no pós-treino, o corpo do atleta esteja mais apto a armazenar nutrientes, conforme mencionado na Revista Brasileira de Nutrição Desportiva, é na reeducação da alimentação diária, e não apenas pré e pós treino, que se encontra a resposta para a reposição dos nutrientes e micronutrientes necessários à recuperação.
Resumindo, a nutrição é o pilar do desenvolvimento e performance, muito mais do que um meio para perder e ganhar peso.
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