O AVC afecta, na maioria das vezes, a função motora, resultando na deterioração da funcionalidade corporal. O Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, congrega ferramentas que actuam a esse nível, otimizando o processo de reabilitação neurológica.
Decorrente de um AVC, é comum o aparecimento de hemiplegias ou hemiparesias no hemicorpo oposto ao local da lesão cerebral, resultando na perda de tónus muscular e, consequentemente, no desenvolvimento de um estado de flacidez que ocasiona a perda de capacidades motoras imprescindíveis nas actividades do quotidiano.
É frequente que após esta fase ocorra um quadro de hipertonia, sendo comum o aparecimento de padrões espásticos.
Assim, e por forma a maximizar a capacidade funcional, o processo de reabilitação deve ser induzido desde o início, avaliando estratégias de tratamento de acordo com o nível de disfunção presente.
Salienta-se, então, a importância para a introdução de actividades básicas alternadamente repetidas, como o trabalho em decúbito dorsal ou ventral, para preparar o paciente para a execução de tarefas mais complexas que requerem uma grande capacidade de coordenação e equilíbrio. Todo este trabalho está integrado no conceito de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF), que visa gerar o movimento funcional por meio da facilitação, inibição, fortalecimento e relaxamento muscular.
Com base num dos princípios da PNF, a aplicação de técnicas no hemicorpo integro, através do tratamento indirecto, vai resultar num restabelecimento do lado lesado. Após a estimulação ao lado não afectado, o cérebro vai reagir, transmitindo impulsos ao membro contralateral comprometido, iniciando-se assim, a activação muscular e, posteriormente, a recuperação global.
As vantagens desta técnica assentam na recuperação da amplitude do movimento, reforço do membro afectado e melhoria da coordenação através de exercícios que visam a simetria do tronco, nomeadamente o rolar, gatinhar, sentar, transferências de deitado para sentado ou de sentado para de pé.
Assim, a PNF intervém de forma eficaz e satisfatória na reabilitação de pacientes com disfunções ao nível do Sistema Nervoso Central, pois tem por base as etapas do desenvolvimento motor, permitindo ao paciente neurológico uma recuperação plena.
Fontes: