Saúde

“PORTUGUESES TÊM MISTURA NOTÁVEL DE GENES”

Manuel Sobrinho Simões é médico e investigador e também presidente da comissão organizadora das comemorações do Dia de Portugal, aproveitou o momento para falar de genética e até da responsabilidade de portugueses pela propagação de doenças raras. Isto tudo para concluir que os portugueses têm “uma mistura notável de genes com as mais variadas origens” que pode ser útil para “aproveitar de forma positiva os tempos difíceis que se vivem na Europa e no mundo”, mas também têm pontos a melhorar.

“O que nos carateriza geneticamente é que temos uma mistura notável de genes com as mais variadas origens”

Sobrinho Simões até começou com uma explicação para refrear entusiasmos que as suas palavras inicias pudessem provocar face à existência de qualquer gene nacional, elencando doenças que os portugueses acabaram por levar pelo mundo. “Existem doenças que, fruto da diáspora, os portugueses espalharam pelo mundo” e exemplificou com a doença dos pezinhos, mas também com a doença hereditária de cancro da mama.” Doenças raras, transmitidas por genes, mas não os genes portugueses, são genes humanos que por acaso e por azar ocorrem em portugueses. Como temos a tradição enorme de andar pelo mundo fora espalhámos esses genes, que mostram o padrão das nossas migrações”, justificou. Mas logo de seguida explicou a sua exaltação sobre a mistura genética nacional.

“O que nos caracteriza geneticamente é que temos uma mistura notável de genes com as mais variadas origens. E se pudesse identificar uma característica quase única entre nós era essa mistura genética”.

E de acordo com os dados históricos, os portugueses deviam “ser mais homogéneos e monótonos em termos genéticos do que os outros povos europeus. Mas não somos, somos de uma extraordinária diversidade genética“, argumentou o fundador do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular e Celular da Universidade do Porto. Falou nos “árabes“, nas “miúdas mestiças que integrámos mais do que os rapazes” para explicar a “diversidade genética” em Portugal que, comparada com o que acontece em Espanha “impressiona pela consistência”: “Há mais linhagem ameríndia [índios americanos], africana e judias no Minho do que na Galiza”.

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