A pelveperineologia vem se consolidando desde as suas primeiras publicações científicas na década de 40, realizadas pelo médico estadunidense Arnold Kegel.
Atualmente vem se consolidando como área da ciência da reabilitação do pavimento pélvico, apresentando bons níveis de evidência e grau de recomendação como em guidelines da urologia e ginecologia, por exemplo.
É uma área em plena expansão, com alta escassez de fisioterapeutas qualificados e alta prevalência de queixas urogenitais na sociedade.
Queixas estas que afetam mais especialmente a população idosa, levando à diminuição da qualidade de vida.
O envelhecimento populacional é uma constatação em países como Portugal, onde o número de idosos é quase o dobro do número de jovens até 14 anos.
Entre os homens com idade superior a 50 anos, há a prevalência de 50% de hiperplasia prostática benigna, podendo chegar a 80% para homens acima dos 90 anos. Alterações prostáticas como esta, levam a sintomas vesicais e miccionais, e alguns destes são maneáveis pela fisioterapia.
Outra doença que também prevalente entre homens idosos é o câncro da próstata. Estimou-se que em 2020 haveria mais de 6 mil novos casos de câncro de próstata em Portugal. Uma das repercussões ao tratamento cirúrgico do câncro de próstata é a incontinência urinária, que possui como primeira linha terapêutica a fisioterapia dos músculos do pavimento pélvico.
Assim, tais dados epidemiológicos associados à fisioterapia baseada em evidência vêm trazendo a pelviperineologia como importante área de atuação da fisioterapia, repercutindo direta e positivamente na qualidade de vida dos pacientes.
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Objectivos gerais:
- Apresentar os conceitos teóricos da pelveperineologia masculina.
Objectivos específicos:
- Rever as bases anatômicas e fisiológicas do sistema urinário inferior e aparelho sexual masculinos.
- Compreender a função dos músculos do pavimento pélvico na continência e na função sexual.
- Apontar a fisiopatologia das disfunções vesicais e miccionais mais prevalentes na população masculina.
- Correlacionar prática baseada em evidência com as disfunções sexuais masculinas.
- Desenvolver o raciocínio clínico fisioterapeutico.
- Demonstrar a prática clínica.
- Anatomia pelvi-perineal e do sistema urogenital.
- Cinesiologia e biomecânica dos músculos do pavimento pélvico.
- Revisão da neurofisiologia da micção e da ereção.
- Cancro da próstata.
- Fisiopatologia da incontinência urinária e disfunção erétil pós-prostatectomia.
- Saúde sexual, sexualidade e qualidade de vida
- Disfunções sexuais masculinas: disfunção erétil e ejaculação precoce.
- Avaliação fisioterapeutica.
- Tratamentos fisioterapêuticos: eletroestimulação, cinesioterapia dos músculos do pavimento pélvico e vacuoterapia peniana.
- Fisioterapia baseada em evidência.
- Casos clínicos.
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Notas
Inclui documentação de apoio + Certificado de formação profissional + Seguro
Mauro Junior
Fisioterapeuta desde 2004, com especialização em fisioterapia pélvica e especialização em biomecânica.
Com atuação em reabilitação dos distúrbios funcionais pelvi-perineais e genitais, com repercussões urológicas, ginecológicas, sexuais e coloproctológicas.
Professor em módulos temáticos relacionados com saúde pélvica/urogenital masculina nas pós-graduações Inspirar (PA, SP, MG, ES, CE, PI, MA, RS, SC, RJ, GO e DF) Estácio de Sá (RJ), Interfísio (RJ), IDE (PE) e Santa Casa da Misericórdia de São Paulo.
Professor da especialização em sexologia pela IEPOS (SP) e da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (MG). Membro do Comitê de Ética da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana. Coordenador do Departamento de Saúde LGBTQIA+ da Associação Brasileira de Estudos em Medicina e Saúde Sexual. Mestre em Ciências pela Pós-Graduação em Ciências Médicas, UERJ.
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- Escassez de profissionais habilitados em pelveperineologia masculina
- Reconhecimento cietífico da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária pós-prostetectomia
- Alta prevalência das queixas vesicais e miccionais na população de homens idosos.