A fisioterapia respiratória em pediatria atua essencialmente
na (dis)função respiratória de crianças, com os objetivos de promover a melhoria da relação ventilação/perfusão e otimizar o transporte de oxigénio. O papel do fisioterapeuta neste âmbito tem vindo a crescer, quer na intervenção nas principais condições clínicas respiratórias da criança, quer na promoção de saúde e educação dos cuidadores face à prevenção das infeções respiratórias.
Este curso básico pretende dotar os fisioterapeutas de competências específicas para a abordagem terapêutica da
condição respiratória da criança, em contexto de ambulatório e/ou comunidade, estando alinhado com o Perfil do Fisioterapeuta Especialista em Cardiorrespiratória, proposto pelo GIFCR. Será centrado num processo de raciocínio clínico baseado na melhor evidência clínica e científica atual, incluindo: a análise e interpretação de dados relevantes da avaliação da condição respiratória da criança, de forma a estabelecer um diagnóstico em fisioterapia, de acordo com o modelo da classificação internacional de funcionalidade; a definição de objetivos gerais e específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e temporizados; e o planeamento da intervenção, adequada ao desenvolvimento sensório-motor da criança e ao seu contexto familiar e ambiental.
Aqui pode ver uma referência à prática clínica atual na
Consulta de Fisioterapia Respiratória Pediátrica da Clinica Pedagógica da ESS|P.PORTO, liderada pela Prof. Dra. Ana Alexandrino. Desafiamos duas referências na área da fisioterapia cardiorrespiratória pediátrica para lecionarem um curso com
importante transferência para a prática clínica. O trajeto absolutamente brilhante das formadoras pode ser conhecido aqui: 1)
Prof. Dra. Ana Alexandrino 2)
Prof. Dra. Claudia Silva Ver Mais
1. Compreender as particularidades anatómicas e fisiológicas da criança de cada etapa do desenvolvimento sensório-motor.
2. Identificar os aspetos relevantes das principais patologias respiratórias em pediatria.
3. Analisar os dados relevantes da avaliação da criança de forma a estabelecer um diagnóstico em fisioterapia, de acordo com o modelo da classificação internacional de funcionalidade e através de um processo de raciocínio clínico suportado pela evidência científica.
4. Planear a intervenção de acordo com a informação relevante recolhida.
5. Executar as principais técnicas de fisioterapia respiratória adaptadas ao desenvolvimento sensório-motor da criança.
- Principais particularidades anatómicas e fisiológicas do sistema cardiorrespiratório da criança;
- Competências biomecânicas gerais de cada etapa do desenvolvimento sensório-motor da criança e suas implicações na mecânica ventilatória;
- Principais patologias respiratórias (fatores de risco, sinais e sintomas, medidas gerais de prevenção, conduta a ter perante os quadros principais).
- Disfunção do ouvido médio na infância e relação com as infeções das vias aéreas extratorácicas.
- Avaliação cardiorrespiratória da criança (incluindo a prática de auscultação pulmonar e interpretação de sons normais) e diagnóstico em fisioterapia, de acordo com o modelo da classificação internacional de funcionalidade.
- Principais técnicas em FTCR pediátrica (DRR, ELPr, AFE, TP, TA, DA) – riscos e benefícios. Evidência clínica e científica atual.
- Outras estratégias de intervenção em FTCR – Exercício e atividade física; Complementos instrumentais (nebulização, aspiração nasal, aerossóis, câmaras expansoras, ortóteses respiratórias).
- Educação e aconselhamento aos cuidadores.
- Tomada de decisão em FT CR Pediátrica, com base no raciocínio clínico suportado pela evidência científica atual;
- Discussão de casos clínicos.
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Ana Alexandrino
Licenciatura em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto. Doutoramento em Ciências e Tecnologias da Saúde, na Universidade de Aveiro. Funções de fisioterapeuta na consulta de fisioterapia respiratória pediátrica da Clínica Pedagógica da Escola Superior de Saúde, P.Porto. Co-fundadora do projeto Narizito, Prevenção e Tratamento de Infeções Respiratórias, em contexto de Intervenção Clínica e comunitária na pediatria respiratória. Professora adjunta da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto. Especialista na área de Terapia e Reabilitação – Fisioterapia, por provas públicas na ESTSP-IPP.
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1 – Quais são os pressupostos que orientaram a criação desta formação?
R – Esta formação surgiu da necessidade de atualizar os conhecimentos do fisioterapeuta na área da fisioterapia respiratória pediátrica, uma vez que estamos a viver uma altura em que as disfunções respiratórias estão a ter um papel de grande destaque, assim como tem sido crescente a importância do fisioterapeuta neste âmbito. Para mais, estamos a assistir a uma evolução nos mecanismos de tomada de decisão do fisioterapeuta nesta área, principalmente com a atualização das estratégias de avaliação e intervenção, nomeadamente no que diz respeito à nova nomenclatura e interpretação da auscultação pulmonar, assente no novo paradigma do pulmão profundo, segundo Guy Postiaux.
2 – Em traços gerais como irá decorrer o curso e quais serão as competências adquiridos pelos formandos?
R – Este curso básico pretende promover as competências específicas dos formandos no que diz respeito à abordagem terapêutica da condição respiratória da criança, em contexto de ambulatório e/ou comunidade, estando alinhado com o Perfil do Fisioterapeuta Especialista em Cardiorrespiratória, proposto pelo GIFCR.
Será centrado num processo de raciocínio clínico baseado na melhor evidência clínica e científica atual, tendo por base o Modelo de transporte de O2.
Contemplará 2 blocos iniciais realizados à distância, de forma a retirar o máximo partido da atenção e apropriação de conhecimentos do formando, no que diz respeito às bases da anátomo-fisiologia da criança e fisiopatologia das principais condições clínicas agudas e crónica. Seguir-se-ão 3 blocos obrigatoriamente presenciais, de forma a potenciar a demonstração e treino das principais habilidades inerentes às especificidades da avaliação e intervenção em fisioterapia respiratória pediátrica. Encerrará com mais um bloco à distância, com discussão de casos clínicos.
3 – De que forma esta formação se diferencia no mercado?
R – Este curso irá diferenciar a abordagem do fisioterapeuta no âmbito da fisioterapia respiratória pediátrica porque incluirá a nova atualização da nomenclatura e interpretação da auscultação pulmonar, assente no novo paradigma do pulmão profundo, segundo Guy Postiaux, o que possibilitará uma melhor capacidade de tomada de decisão, com base num raciocínio clinico estruturado e fundamentado no modelo de transporte de O2. Incluirá também estratégias dinâmicas de análise de casos clínicos, com recurso a áudios, vídeos e atividades interativas síncronas e assíncronas, de forma a melhor se adaptarem à disponibilidade do formando.
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