O artigo premiado, intitulado Structural Changes Associated with Delayed Dark Adaptation in Age-Related Macular Degeneration, resulta de uma colaboração entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Harvard Medical School. O projecto de investigação integra 500 doentes do Massachusetts Eye and Ear Hospital, em Boston, e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), onde a médica se formou.
O artigo de Inês Laíns refere-se a uma nova maneira de diagnosticar a degenerescência macular relacionada com a idade (DMI), estudando a rapidez com que o olho se adapta ao escuro. Sugundo a oftalmologista portuguesa, "a presença de determinadas lesões oculares está associada a um tempo maior necessário para que haja capacidade de ver no escuro".
As principais conclusões do estudo apontam para a existência de uma relação entre o tempo que uma pessoa demora a adaptar-se ao escuro e as lesões de DMI, um dado importante para poder “desenvolver novas estratégias e alvos terapêuticos” daquela que é a principal causa de cegueira em pessoas com mais de 50 anos.