Investigadores estão a trabalhar num método que liberta insulina no corpo à medida que esta é necessária, com recurso a células estaminais.
A diabetes afecta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que exista mais de 1 milhão de indivíduos com a doença, sendo que cerca de 10% serão doentes com diabetes tipo 1.
O implante experimental foi colocado em duas pessoas. Em três meses deverá começar a produzir insulina, de acordo com a revista New Scientist.
A inovação está na utilização de células estaminais que se desenvolvem no organismo, através de um implante chamado PEC-Direct.
No implante estão contidas as células estaminais que, já dentro do corpo, entram num processo de maturação que dura três meses, especializando-se para produzir a insulina. Estas células foram originadas a partir de um embrião nos primeiros estádios de desenvolvimento não aproveitado por uma mulher que fez fertilização in vitro.
Este poderá ser o factor que marca a diferença face a outras tentativas anteriores falhadas de utilização de células estaminais para o tratamento da doença.
“Se resultar, podemos chamar de cura funcional, porque o método não permitirá corrigir a causa da diabetes e requer que o paciente tome imunosupressores para que o organismo não rejeite as células estaminais”, diz Paul Laikind, da Viacyte.