Um estudo publicado na revista Molecular Psychiatry indica que algumas das lesões cerebrais associadas à doença de Alzheimer poderão ser reversíveis, recorrendo a métodos tão simples como a prática de exercício físico.
Embora ainda se desconheça se são uma causa ou uma consequência da doença de Alzheimer, a verdade é que a doença está associada, entre outros factores, a danos nos neurónios granulares do hipocampo, uma zona do cérebro relacionada à aquisição de novas memórias.
A investigação liderada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), uma instituição de saúde pública espanhola, vem sugerir que os danos nos neurónios granulares são reversíveis.
O estudo, realizado em ratinhos, mostra que a combinação de exercício físico, estimulação cognitiva e interacção social pode reverter a deterioração destes neurónios, voltando estes à sua estrutura original. Durante a investigação, os ratos recuperaram a estrutura e conectividade dos seus neurónios granulares, depois de terem sido submetidos a uma prática mais intensa de exercício físico e de interacção com outros ratos, o que demonstra a reversibilidade das alterações celulares associadas à doença de Alzheimer naqueles neurónios.
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